Eu escreveria algo bem melancólico,
teclaria ao ritmo da música que ouço agora,
mas o que sinto é por demais assunto meu.
Ao invés disso fico aqui,
Escrevendo e apagando sempre
Sorte nossa os tempos terem mudado,
Fosse antigamente,
eu viveria sobre um mar de farelos de borracha
Apagando pensamentos,
E sentimentos
Reescrevendo sempre, até que a folha furasse
Ou que o coração se cansasse
Para então recomeçar.
2 comentários:
Eu também vivo escrevendo e apagando, mas um dia eu mando.
Adoro você! ;]
Que belo poema.
Minha diferença é que eu escrevia com caneta. Quando não rasgava a folha eu rabiscava. Hoje quando releio meus antigos cadernos e decifro as palavras escondidas por debaixo dos riscos, vejo o risco que tive quando quase as joguei fora.
Zé Eduardo Calcinoni
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