quarta-feira, dezembro 28, 2011

Quando uma mulher resolve...

Mais uma frase do lindo "O amor nos tempos do cólera", sobre o qual eu estou prometendo-me escrever para o Algaravias em breve. Em resumo, traduz a teoria do meu mais culto e elegante amigo de que quando a galinha quer dar pro pato ela aprende a nadar:  

"quando uma mulher resolve dormir com um homem não há barreira que não salte, nem fortaleza que não derrube, nem consideração moral nenhuma que não esteja disposta a varar lado a lado: não há Deus que valha"

terça-feira, dezembro 27, 2011

sábado, dezembro 24, 2011

2011

Não há nada mais clichê do que um post de fim de ano, com uma retrospectiva da vida. Pois bem, é bem isso que estou fazendo.

Esse foi um ano sofrido, de um crescimento enorme para mim. Renasci. Mas para isso foi preciso morrer umas tantas vezes, em muitos dias e noites perdida em pensamentos, lágrimas, sentimentos. Vivi um grande corte na carne, muito necessário...

Também teve a luta. Se você não viveu a experiência de uma greve de 40 dias, você ainda não viveu. Quando entrei na faculdade de Jornalismo eu achava que poderia colocar meu ofício a serviço da construção de um novo mundo. Todos os calouros de Jornalismo sempre pensam assim, mas arrisco dizer, sem romantismos, que sou uma das poucas que têm conseguido fazê-lo.

Esse ano eu fiquei só. Morando só e vivendo só. Quando mudei para o meu apartamento, pedi várias vezes para que o meu antigo namorado dormisse comigo e não me deixasse sozinha. Eu tinha medo sei lá do quê. Passei muitos dias em uma casa emprestada, com uma família emprestada e um amor emprestado. Depois fui ficando por aqui. Na metade do ano deixamos de nos ver e eu descobri que é muito mais confortável ter a cama só pra si, saber que no fim do dia é para a sua casa que você vai voltar e que as coisas estarão iguais a como você as deixou. É muito melhor gostar do que realmente é seu. E a única coisa que realmente é da gente – aprendi isso esse ano também – somos nós mesmos.

Reatei amizades. E as minhas amizades vêm de um lugar muito profundo do coração. Foram elas que me deram toda a força para sorrir nos dias em que eu pedia por favor me deixem chorar.

Conheci uma pessoa nova, de uma cidade distante, que mesmo sem saber segurou uma barra e me mostrou que aquilo que eu achava ser a melhor coisa do mundo, agora perdida para sempre, poderia ser encontrada em outros lugares de um jeito ainda melhor.

Não apresentei meu projeto de mestrado nem li tanto quanto gostaria, mas ouvi muita, muita música, e isso me consola um pouco.

Também não dancei tanto quanto eu queria, mas beijei bastante e isso também me consola.

Agora, 2011 está acabando e ele se vai com jeito de quem enterra de vez muitas histórias, mas deixa em aberto outras tantas, pra 2012 tomar conta.

E esse novo ano vai chegando cheio de expectativas e com gosto da torta de sonho de valsa que eu fiz para o Natal...

domingo, dezembro 18, 2011

Geni e o Zepelim

Aprendizados...

"Com ela aprendeu Florentino Ariza o que já padecera muitas vezes sem saber: pode-se estar apaixonado por várias pessoas ao mesmo tempo, por todas com a mesma dor, sem trair nenhuma. Solitário entre a multidão do cais, dissera a si mesmo com um toque de raiva: 'O coração tem mais quartos que uma pensão de putas.'"


(Gabriel Garcia Márquez ~ O amor nos tempos do cólera)

segunda-feira, dezembro 12, 2011

Pode ser, pode ser...

Ela tinha a nítida sensação de que o tempo estava passando. E estava mesmo. Ás vezes, quando parava para pensar nisso – o que acontecia involuntariamente muitas vezes ao dia – sentia os meses deslizarem por entre os dedos, mas não havia nada que pudesse ser feito. Ela sabia que a vida dele ia por um caminho desconhecido, que seguia para um destino oposto ao seu. Quando pensava nisso, e fechava os olhos, e lembrava, não podia acreditar. Não cabia na compreensão. Era como se não houvesse a menor possibilidade de aquilo ter acontecido. Parecia óbvio que quando ela acordasse, no dia seguinte, ele a estaria olhando. 

Depois passa. Todo mundo que já viveu isso garante e ela acredita. Mas pode ser que volte à mente às vezes, durante uns meses, por muito tempo ou toda a vida. Pode ser que daqui a 20 anos ela acorde um dia e antes de abrir os olhos ainda tenha a sensação de que ele está ali. Pode ser.

sábado, dezembro 10, 2011

Apanhador só ~ Bem-me-leve



Só podia ser no Parque da Redenção, naquela cidade linda que é Porto Alegre e com aquele povo lindo que são os gaúchos...

terça-feira, dezembro 06, 2011

Tons de bege

Os dias têm sido muito parecidos. Uma vez uma atriz disse num filme que era preciso matar o tempo para ele não nos matar. Essa semana está um pouco isso. 

domingo, dezembro 04, 2011

O despertar

Há alguns dias vi uns olhares assustados, em rostos estampados com dúvidas clássicas. Pessoas simples, coagidas pelo mundo de cão. Mas elas queriam mudar. O simples fato de estarem lá onde estávamos representava um arrombo de coragem. A janela da vida delas ainda está fechada, não sabem a força que têm. Fomos lá para afastar a cortina e mostrar a elas. 

Parafraseando Caio

Palavras parafraseadas do Caio Fernando Abreu... Ainda me cabem (será que caberão pra sempre?). É sobre o ciúme de quando alguém te abraça, porque por um momento abraça o meu mundo inteiro. Não és nem nunca foste o meu mundo inteiro, mas chegaste perto, muito perto.

Passou, passou...

E lá se vão cinco dias em Saturno.