sábado, dezembro 24, 2011

2011

Não há nada mais clichê do que um post de fim de ano, com uma retrospectiva da vida. Pois bem, é bem isso que estou fazendo.

Esse foi um ano sofrido, de um crescimento enorme para mim. Renasci. Mas para isso foi preciso morrer umas tantas vezes, em muitos dias e noites perdida em pensamentos, lágrimas, sentimentos. Vivi um grande corte na carne, muito necessário...

Também teve a luta. Se você não viveu a experiência de uma greve de 40 dias, você ainda não viveu. Quando entrei na faculdade de Jornalismo eu achava que poderia colocar meu ofício a serviço da construção de um novo mundo. Todos os calouros de Jornalismo sempre pensam assim, mas arrisco dizer, sem romantismos, que sou uma das poucas que têm conseguido fazê-lo.

Esse ano eu fiquei só. Morando só e vivendo só. Quando mudei para o meu apartamento, pedi várias vezes para que o meu antigo namorado dormisse comigo e não me deixasse sozinha. Eu tinha medo sei lá do quê. Passei muitos dias em uma casa emprestada, com uma família emprestada e um amor emprestado. Depois fui ficando por aqui. Na metade do ano deixamos de nos ver e eu descobri que é muito mais confortável ter a cama só pra si, saber que no fim do dia é para a sua casa que você vai voltar e que as coisas estarão iguais a como você as deixou. É muito melhor gostar do que realmente é seu. E a única coisa que realmente é da gente – aprendi isso esse ano também – somos nós mesmos.

Reatei amizades. E as minhas amizades vêm de um lugar muito profundo do coração. Foram elas que me deram toda a força para sorrir nos dias em que eu pedia por favor me deixem chorar.

Conheci uma pessoa nova, de uma cidade distante, que mesmo sem saber segurou uma barra e me mostrou que aquilo que eu achava ser a melhor coisa do mundo, agora perdida para sempre, poderia ser encontrada em outros lugares de um jeito ainda melhor.

Não apresentei meu projeto de mestrado nem li tanto quanto gostaria, mas ouvi muita, muita música, e isso me consola um pouco.

Também não dancei tanto quanto eu queria, mas beijei bastante e isso também me consola.

Agora, 2011 está acabando e ele se vai com jeito de quem enterra de vez muitas histórias, mas deixa em aberto outras tantas, pra 2012 tomar conta.

E esse novo ano vai chegando cheio de expectativas e com gosto da torta de sonho de valsa que eu fiz para o Natal...

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