tag:blogger.com,1999:blog-305780572024-03-14T04:44:50.682-03:00Diário de CriançaFran Hellmannhttp://www.blogger.com/profile/00742361225314528779noreply@blogger.comBlogger484125tag:blogger.com,1999:blog-30578057.post-9571175825955661642014-10-07T23:32:00.001-03:002014-10-07T23:35:04.102-03:00Obrigada<i>Não era um dos meus melhores dias. Eu estava triste. Com fones de ouvido, esperando um ônibus qualquer, travestida de normalidade </i><span style="background-color: white; color: #545454; font-family: arial, sans-serif; font-size: x-small; line-height: 18.2000007629395px;">—</span><i> com jeans, blusa preta e mochila, passava perfeitamente despercebia. Mas uma senhora sentou ao meu lado e ficou me olhando fixamente. Ela era bem velha, a beleza já havia sumido do seu rosto há anos, tinha o pescoço um pouco torto e as bochechas assimétricas. Já seus olhos eram carregados de bondade e, em meio a todo aquele movimento, ela percebeu que aquele não era um dos meus melhores dias... Não falou nada, só ficou ali me olhando como quem queria me pegar no colo. Depois levantou arrastando os chinelinhos e se foi. Eu quis agradecer o carinho. </i>Fran Hellmannhttp://www.blogger.com/profile/00742361225314528779noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-30578057.post-67423034280572206812014-02-16T13:53:00.000-03:002014-02-16T13:53:23.453-03:00Os desajustados do mundo<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<i>Gosto dos desajustados. Sou dessas
que a família olha com desconfiança: “parece que nunca vai se acertar na vida”.
Tenho simpatia pelos que às vezes andam deprimidos se sentindo diferentes de
tudo que está ao redor. Acho que essas são as pessoas mais inteligentes, porque,
sim, está mesmo tudo errado! Mas essa gente não vem embalada em bons empregos,
carros e cabelos. Alguns tomam remédios, têm histórias com drogas, viveram
infâncias e adolescências ruins. Sim, essas pessoas são as que sentiam desde
que nasceram, mesmo sem ainda conseguir explicar, que a sociedade é doente.
Sempre tenho vontade de chorar quando ouço Geni e o Zepelim, pois acho que ela
estava certa em preferir amar com os bichos. Gosto ainda mais daqueles que,
tendo entendido o motivo do desajustamento, passam a vida tentando colocar o mundo
de cabeça pra cima. Acho bonito da parte deles. Nas horas vagas esse tipo de
gente é capaz de descer uma ladeira dentro de um carrinho de supermercado,
rindo como loucos. </i></div>
Fran Hellmannhttp://www.blogger.com/profile/00742361225314528779noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-30578057.post-70365487144582876032013-12-23T12:09:00.001-03:002013-12-23T12:10:35.490-03:00Sobre o volume das perguntas<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhGpOiIuN06QAk_5q_s-x9kgKT7yJAAcD_xAfn_2fa3pB0NNHczFEBBj7KdS7GkURBlpXbRM6uawhDlwO07L_V0shApCaUi1kUmr2gHejqmegbm1Wx2xYRl4cVVEEN9ytSdxBUvNA/s1600/tumblr_lsykbkapVh1r2w259o1_400.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="217" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhGpOiIuN06QAk_5q_s-x9kgKT7yJAAcD_xAfn_2fa3pB0NNHczFEBBj7KdS7GkURBlpXbRM6uawhDlwO07L_V0shApCaUi1kUmr2gHejqmegbm1Wx2xYRl4cVVEEN9ytSdxBUvNA/s320/tumblr_lsykbkapVh1r2w259o1_400.jpg" width="320" /></a></div>
<br />
<div style="text-align: center;">
<i>Há tantas perguntas por dentro </i></div>
<div style="text-align: center;">
<i>Queimando </i></div>
<div style="text-align: center;">
<i>O mundo está torto? </i></div>
<div style="text-align: center;">
<i>Eu que estou de cabeça pra baixo? </i></div>
<div style="text-align: center;">
<i>Tentei perguntar a um passante </i></div>
<div style="text-align: center;">
<i>Mas falei tão baixinho </i></div>
<div style="text-align: center;">
<i> Que ele nem me ouviu </i></div>
<div style="text-align: center;">
<i>Gritar me cansa </i><br />
<i> e nem refresca
</i><br />
<i><br /></i></div>
Fran Hellmannhttp://www.blogger.com/profile/00742361225314528779noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-30578057.post-13358820804739395402013-11-26T01:21:00.001-03:002013-11-26T01:23:44.145-03:00Mais alto do que se pode ver<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh3T9qOkbvfZxI7_2hMDrHAHppMP4gHOyejG4EAChJ5DgGeRsz_78BdMRwuvLigyrMfh5skoyG77dwoyI3fBZHYpWwuXBfyWAQS46IVSHIFEtfFDFYWuRU2InGLQJjPEJIC_ZnFJQ/s1600/DSC01507+copy.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh3T9qOkbvfZxI7_2hMDrHAHppMP4gHOyejG4EAChJ5DgGeRsz_78BdMRwuvLigyrMfh5skoyG77dwoyI3fBZHYpWwuXBfyWAQS46IVSHIFEtfFDFYWuRU2InGLQJjPEJIC_ZnFJQ/s400/DSC01507+copy.jpg" width="298" /></a></div>
<i><br /></i>
<i><br /></i>
<i>Primeiro o arrancaram de sua pátria para viver como bicho do outro lado do mar. </i><br />
<i>Sugaram até sua última gota de sangue.
<br />Depois expulsaram seus filhos para o alto.
<br />Tão em cima que doía olhar. <br />E era preciso descer todo dia pra ganhar o pão.
<br />E muitas vezes não tinha trabalho pra quem vivia lá.
<br />E às vezes era preciso roubar. <br />E por vezes era melhor se drogar.
<br />Mas então todo o chão já não bastava e os ricos queriam subir.
<br />(Dizia-se que queriam a vista, mas desconfiei que estivessem de olho era naquele morro de amor). <br />Agora mandam seus netos descerem.
<br />E não basta tirar-lhes a vida, a casa, o morro...
<br />Tentam apagar sua história.
<br />Faz todo sentido.
<br />Criminosos apagam vestígios.
</i>Fran Hellmannhttp://www.blogger.com/profile/00742361225314528779noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-30578057.post-47665911445747750352013-08-20T00:56:00.002-03:002013-08-20T00:57:43.745-03:00Zênite<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi0K0UUGsrg5PEkt5amqilZIW6wTUJ-LHiADM5GxQv5gHzN2bqPKmsxVg2A3pU0fC-r1ymyyPj17CGePqQ_tMEf9uTxZ6qNUUNuO-6x16SawqzU6rOzMWJVkyTQJjLVStpm0h38kw/s1600/mais-uma-estrela_4140_1440x900.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi0K0UUGsrg5PEkt5amqilZIW6wTUJ-LHiADM5GxQv5gHzN2bqPKmsxVg2A3pU0fC-r1ymyyPj17CGePqQ_tMEf9uTxZ6qNUUNuO-6x16SawqzU6rOzMWJVkyTQJjLVStpm0h38kw/s320/mais-uma-estrela_4140_1440x900.jpg" width="320" /></a></div>
<i><br /></i>
<div style="text-align: center;">
<i><i>Hoje aprendi uma nova palavra </i></i></div>
<div style="text-align: center;">
<i>meio estranha </i></div>
<div style="text-align: center;">
<i>e meio linda </i></div>
<div style="text-align: center;">
<i>zênite </i></div>
<div style="text-align: center;">
<i>o ponto mais alto do céu
– e ele me provou com um desenho científico</i></div>
<div style="text-align: center;">
<i>Descobri onde fica </i></div>
<div style="text-align: center;">
<i>o fecha parênteses </i></div>
<div style="text-align: center;">
<i>do quanto eu te gosto </i></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-style: italic;"><br /></span></div>
<div style="text-align: center;">
<i>(</i></div>
Fran Hellmannhttp://www.blogger.com/profile/00742361225314528779noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-30578057.post-22908279892543947042013-08-05T17:30:00.003-03:002013-08-05T17:31:29.136-03:00A velha torta comendo pipoca<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg_-ddDJb2uwQ-y1-vb4K7IiL2OP-gOcxmGROiDNCcZTGe1fW4T5GnIXFv5erKwJirFv4167QsUcCVrpoBbuUVLpVvXR9noZpRa_i6b4PH8jKHSjBfS4ShxGEI62tX4f5oUQU96bA/s1600/1237835033_velhinha.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="291" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg_-ddDJb2uwQ-y1-vb4K7IiL2OP-gOcxmGROiDNCcZTGe1fW4T5GnIXFv5erKwJirFv4167QsUcCVrpoBbuUVLpVvXR9noZpRa_i6b4PH8jKHSjBfS4ShxGEI62tX4f5oUQU96bA/s320/1237835033_velhinha.jpg" width="320" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<i><br /></i></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<i>Eu voltava para casa em um ônibus
– este transporte de gado, bucólico, cheio de bois cansados que seguem a matadores
– e na minha frente havia uma velha torta comendo pipoca. Alguma coisa tinha
torcido a cara dela. O tempo, o vento, uma doença, um marido machão. Com a boca
localizada no canto inferior esquerdo do rosto ela mastigava e mastigava e
mastigava; uma pipoca atrás da outra. Um dos seus olhos também era repuxado. Dava
pra ver um pouco da parte vermelha. De repente ela me surpreendeu vidrada em
sua imagem. Disfarcei muito mal enquanto pensava quem a amava, quantos filhos
havia posto no mundo, de quantos homens havia partido o coração, o que a
emocionava. Mais uma espiada. Ela tinha
um jeito caricato de velha carrancuda, mas estava disfarçada com roupas
normais. Usava uma blusa que me fez lembrar uma tia, talvez a mim no futuro. Desci.
A velha torta ainda mastigava pipoca. </i></div>
Fran Hellmannhttp://www.blogger.com/profile/00742361225314528779noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-30578057.post-78002597355093070562013-05-23T11:13:00.001-03:002013-05-23T11:13:20.976-03:00Nova morada<i>Na janela do novo apartamento vejo um pedacinho importante da cidade. Hoje ele está estranhamente calmo. Gosto deste pedacinho. Já gostava antes de imaginar que um dia me mudaria para cá. Acho que porque ele parecia um trecho inexplorado, um tanto fora da rota, onde havia uma pizzaria em que ninguém nos encontraria. Tenho sentido falta de escrever, mesmo que escrever seja o que faço da vida. Na verdade, tenho sentido falta de pensar e escrever pra dentro (repetindo palavras livremente). Não sobra muito tempo para isso. A vida acaba por nos manter permanentemente embriagados. Só às vezes sobra espaço para momentos de insanidade. Minha cabeça ainda está tentando lidar com tamanha calma, mesmo em meio à barbárie (falo da vida e do apartamento, silencioso em meio ao caos). Não faço ideia de porque ela anda tão tranquila (desta vez falo da vida). Talvez porque eu tenha dividido meu tempo com as pessoas certas, tomado as decisões certas, me dedicado às coisas que realmente gosto, amado na medida certa, em forma e quantidade.
A nova casa é grande e calma, assim como anda a vida. Nesse momento eu não queria estar em outras.
</i>Fran Hellmannhttp://www.blogger.com/profile/00742361225314528779noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-30578057.post-33293488512828249792013-03-24T14:04:00.005-03:002013-03-24T14:04:56.346-03:00Luz no coração<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi0wI539Usvio2I5tI0HLLTG0SXkg-k4Zq1Sz7IfBUOx7YS9FTZ89q9TOjtf-xbo2PmmGmCz7ywBOxD97WvOxin9THUEI2Mn2J36bxGmW1L0iUJnjtjtetcmDJ-H5HzaIE6Qjk5Mw/s1600/sol+e+chuva,+ana+e+o+mar.+bom+bia.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="245" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi0wI539Usvio2I5tI0HLLTG0SXkg-k4Zq1Sz7IfBUOx7YS9FTZ89q9TOjtf-xbo2PmmGmCz7ywBOxD97WvOxin9THUEI2Mn2J36bxGmW1L0iUJnjtjtetcmDJ-H5HzaIE6Qjk5Mw/s320/sol+e+chuva,+ana+e+o+mar.+bom+bia.jpg" width="320" /></a></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
</div>
<div style="text-align: center;">
<i>Contou que batia uma certa angústia.</i></div>
<div style="text-align: center;">
<i>Aquela de domingo, sabe?</i></div>
<div style="text-align: center;">
<i>Devia ser o tempo.</i></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<i>Respondeu-lhe assim:</i></div>
<div class="MsoNormal">
</div>
<div style="text-align: center;">
<i>"Os passarinhos tão cantando</i></div>
<div style="text-align: center;">
<i>Vai abrir".</i></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<i>Foi como luz no coração.</i></div>
Fran Hellmannhttp://www.blogger.com/profile/00742361225314528779noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-30578057.post-50637703340770007422013-02-25T11:58:00.002-03:002013-02-25T11:58:54.500-03:00Colunas e corações não são de ferro<i>A coluna por vezes não aguenta</i><br />
<div class="MsoNormal">
<i>O peso de uma decisão </i></div>
<div class="MsoNormal">
<i>Que despedaça o coração</i></div>
Fran Hellmannhttp://www.blogger.com/profile/00742361225314528779noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-30578057.post-5189095268827127212013-02-21T09:52:00.000-03:002013-02-21T09:53:42.084-03:00Prenúncio do outono<i>Hoje vi um gari varrendo folhas na praça </i><br />
<i>Eram folhas secas </i><br />
<i>Sob o sol escaldante do ainda verão elas pareciam descontextualizadas </i><br />
<i>– também tinha um ventinho quase gelado – </i><br />
<i>É o prenúncio do outono </i><br />
<i>Estação meio fora do lugar, linda e sem sentido </i><br />
<i>Meio fria, meio quente </i><br />
<i>Meio alegre, meio triste </i><br />
<i>Tal como a gente vai estar </i><br />
<i>Ela anuncia o inverno </i><br />
<i>E nele as tardes serão ainda mais lindas do que em novembro </i><br />
<i>Sorrirás </i><br />
<i>Dentro de belas </i><br />
<i>Roupas </i><br />
<i>E meias</i>Fran Hellmannhttp://www.blogger.com/profile/00742361225314528779noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-30578057.post-77349054920604141382013-02-06T23:42:00.001-02:002013-02-06T23:42:50.878-02:00Vento<i>E o tempo passou</i><br />
<div class="MsoNormal">
<i>Sem parecer passar</i></div>
<div class="MsoNormal">
<i>Porque era vento</i></div>
<div class="MsoNormal">
<i>Leve</i></div>
<div class="MsoNormal">
<i>Forte</i></div>
<div class="MsoNormal">
<i>Beijava</i></div>
<div class="MsoNormal">
<i>Arrastava</i></div>
Fran Hellmannhttp://www.blogger.com/profile/00742361225314528779noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-30578057.post-29721639961319994602013-02-06T23:39:00.001-02:002013-11-26T19:53:54.813-03:00Cuba<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<i>A Cuba fomos e em Cuba ficamos. Quando voltamos éramos outros. </i></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<i>Nunca mais seremos os mesmos.</i></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiBv6d-hLcJEGVt7tJ6SENgRN2kb5n7ma5t6RjKZV-iRKtg4jHVFu_OrqRIHbIgGKDyd3apD7IkhGptqQ-bLoQ6VYYcSS4IBQgXDK0UC9ZPXPUvA1GahmE2gU5seWe-elF02YlOBg/s1600/396.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="239" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiBv6d-hLcJEGVt7tJ6SENgRN2kb5n7ma5t6RjKZV-iRKtg4jHVFu_OrqRIHbIgGKDyd3apD7IkhGptqQ-bLoQ6VYYcSS4IBQgXDK0UC9ZPXPUvA1GahmE2gU5seWe-elF02YlOBg/s320/396.JPG" width="320" /></a></div>
<br />
<div style="text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgtjgtruHOGmemA-xKIOV0kBvuQ2yihx-Pbkl9y5WVrMHq4JXLeoWOID9JGJ3Oa7mF0srqp-n_i6-7fXnpPRoSYE19EhDvzNqPh5UT4piuHGeowZ4BoAtYd9AOMOYCqf76N0byeqA/s1600/945.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="239" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgtjgtruHOGmemA-xKIOV0kBvuQ2yihx-Pbkl9y5WVrMHq4JXLeoWOID9JGJ3Oa7mF0srqp-n_i6-7fXnpPRoSYE19EhDvzNqPh5UT4piuHGeowZ4BoAtYd9AOMOYCqf76N0byeqA/s320/945.JPG" width="320" /></a></div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
<i>Sempre nós. </i></div>
Fran Hellmannhttp://www.blogger.com/profile/00742361225314528779noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-30578057.post-2484506965733664702012-12-24T19:54:00.001-02:002012-12-24T19:54:44.008-02:00Dezembro<i>Foram os finais de tarde mais bonitos</i><br />
<i>Os daquele dezembro</i>Fran Hellmannhttp://www.blogger.com/profile/00742361225314528779noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-30578057.post-62580881944977922332012-12-24T19:52:00.002-02:002012-12-24T19:53:36.720-02:00O trem <i>Às vezes sinto como se tivesse estado na estação </i><br />
<i>de onde partiu o trem da história </i><br />
<i>Todos embarcaram, mas escolhi ficar ali </i><br />
<i>observando </i><br />
<i>Tão bonito o trem partindo
</i>Fran Hellmannhttp://www.blogger.com/profile/00742361225314528779noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-30578057.post-78954614996958178502012-12-22T11:55:00.001-02:002013-07-11T01:28:49.537-03:00Fundação das classes sociais<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh1UjL0bhKN1QeiNJh56xW2razBzoW6zVwQ9kclYKLfFEOa9xZxg5IkHZ6fM-Ag3aqFouH3FRvOgXYHii_JWxl7n8gLg-BK1edZXd30Bd52kc2jhHlYByTAr0WO3XxABbKdTXdg0A/s1600/espelhos_galeano.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh1UjL0bhKN1QeiNJh56xW2razBzoW6zVwQ9kclYKLfFEOa9xZxg5IkHZ6fM-Ag3aqFouH3FRvOgXYHii_JWxl7n8gLg-BK1edZXd30Bd52kc2jhHlYByTAr0WO3XxABbKdTXdg0A/s320/espelhos_galeano.jpg" width="102" /></a></div>
<i>Nos primeiros tempos, tempos de fome, a primeira mulher estava cavando a terra quando os raios de sol a penetraram por trás. Um instante depois, nasceu uma criatura.
</i><br />
<i><br /></i>
<i>O deus Pachacamac não achou a menor graça naquela gentileza do sol, e despedaçou o recém-nascido. Do mortinho brotaram as primeiras plantas. Os dentes se transformaram em grãos de milho, os ossos foram aipim, a carne se fez batata, inhame, abóbora... </i><br />
<i><br /></i>
<i>A fúria do sol não se fez esperar. Seus raios fulminaram a costa do Peru e a deixaram seca para sempre. E a vingança culminou quando o sol partiu três ovos sobre aqueles solos. </i><br />
<i><br /></i>
<i>Do ovo de ouro saíram os senhores.
<br />Do ovo de prata saíram as senhoras dos senhores.
<br />E do ovo de cobre saíram os que trabalham.</i><br />
<i><br /></i>
<i>~ Eduardo Galeano - Espelhos ~</i>Fran Hellmannhttp://www.blogger.com/profile/00742361225314528779noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-30578057.post-3528110268812849802012-12-22T11:51:00.006-02:002012-12-22T11:56:34.598-02:00Breve história da civilização<i>E nos cansamos de andar vagando pelos bosques e pela beira dos rios.</i><br />
<i><br /></i>
<i>E fomos ficando. Inventamos as aldeias e a vida em comunidade, transformamos o osso em agulha e o espinho em arpão, as ferramentas prolongaram nossas mãos e o cabo multiplicou a força do machado, do arado e da faca. </i><br />
<i><br /></i>
<i>Cultivamos o arroz, a cevada, o trigo e o milho, e prendemos em currais as ovelhas e as cabras, e aprendemos a guardar grãos nos armazéns, para não morrer de fome nos tempos ruins. </i><br />
<i><br /></i>
<i>E nos campos lavrados fomos devotos das deusas da fecundidade, mulheres de vastas cadeiras e tetas generosas, mas com o passar do tempo elas foram trocadas pelos deuses machos da guerra. E cantamos hinos de louvor à glória dos reis, dos chefes guerreiros e dos sumo sacerdotes. </i><br />
<i><br /></i>
<i>E descobrimos as palavras </i>seu<i> e </i>meu<i> e a terra passou a ter dono e a mulher foi propriedade do homem e o pai, proprietários dos filhos. </i><br />
<i><br /></i>
<i>Lá para trás ficaram os tempos em que andávamos à deriva, sem casa nem destino. </i><br />
<i><br /></i>
<i>Os resultados da civilização eram surpreendentes: nossa vida era mais segura e menos livre, e trabalhávamos mais horas.
</i><br />
<i><br /></i>
<i>~ Eduardo Galeano - Espelhos ~</i>Fran Hellmannhttp://www.blogger.com/profile/00742361225314528779noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-30578057.post-21584390517203915132012-12-10T00:26:00.000-02:002012-12-10T00:26:32.232-02:00La Máquina<br />
<i>-Tengo frío.</i><br />
<i>-Ponete así. Me gusta tenerte así.</i><br />
<i>-La pierna. Acá. Así.</i><br />
<i>-¿Estás bien?</i><br />
<i>-¿Y vos?</i><br />
<i>-Muy.</i><br />
<i>-Ah</i><br />
<i>-¿De qué te reís?</i><br />
<i>-Para mí, fue una sorpresa. Quiero decir: después. Me parecía increíble que el mundo no hubiera cambiado. Me miré al espejo y yo tampoco había cambiado y me mordía los labios. Quise estudiar y no pude. Quise estar con mis amigas y no pude. Quise escribir cartas, quise trabajar. Quise dormir y tampoco pude.</i><br />
<i>-¿De eso te reís?</i><br />
<i>-No me bañé. Tenía tu olor en todo el cuerpo.</i><br />
<i>-¿De eso?</i><br />
<i>-No, no. Después te digo.</i><br />
<i>-Ahora.</i><br />
<i>-No, después.</i><br />
<i>-No me interesa.</i><br />
<i>-Entonces te lo digo. Lo bien que me caés. Eso.</i><br />
<i>-¿Eso? ¿Y entonces yo?</i><br />
<i>-¿Qué?</i><br />
<i>-Mucho más que eso. Contigo no siento miedo de nada.</i><br />
<i>-Mirá que no soy una santa. Me como las uñas. Te advierto.</i><br />
<i>-El miedo es una porquería.</i><br />
<i>-Y sí. Pero, ¿quién no siente miedo?</i><br />
<i>-¿Vos sentís?</i><br />
<i>-No tires ahí la… No seas chancho.</i><br />
<i>-¿Miedo de qué? ¿De que estemos así, como estamos?</i><br />
<i>-No sé. O sí sé. Siento, como cualquiera.</i><br />
<i>-Pero juntos, no. Juntos estamos a salvo. Al miedo lo ponemos bajo la suela del zapato y crash: lo aplastamos como a una porquería.</i><br />
<i>-Oigamé, Pirata. Prometamé, Pirata.</i><br />
<i>-La escucho. Prometo.</i><br />
<i>-¿En serio?</i><br />
<i>-Sí.</i><br />
<i>-Nunca vamos a dejar que esto se pudra. ¿Eh? No vamos a permitir nunca que esto se pudra.</i><br />
<i>-¿Nada más que eso? Es fácil.</i><br />
<i>-No.</i><br />
<i>-¿No qué?</i><br />
<i>-No es nada fácil.</i><br />
<i>-Si usted lo dice.</i><br />
<i>-Y nunca nos vamos a lastimar. ¿Nos prometemos eso? Es peligroso.</i><br />
<i>-¿Dejar el cuero en el alambrado?</i><br />
<i>-Algo así. Puede ser.</i><br />
<i>-Tanta alegría. Es un regalo. ¿Por qué nos vamos a joder? No me gusta que te pongas solemne.</i><br />
<i>-¿Qué hora es? Uy, hace dieciocho horas que estamos por levantarnos.</i><br />
<i>-Nos vamos a enfermar.</i><br />
<i>-Tendríamos que levantarnos.</i><br />
<i>-Nos vamos a evaporar.</i><br />
<i>-¿No íbamos a ir al cine?</i><br />
<i>-¿Cuándo fue eso? ¿Ayer? ¿Anteayer?</i><br />
<i>-¿No ibamos a bajar a comer?</i><br />
<i>-Sí. Tendríamos que levantarnos.</i><br />
<i>-Esto es mejor que Buster Keaton.</i><br />
<i>-Esto es mejor que todo.</i><br />
<i>-No hay nada que…</i><br />
<i>-Ponete así. Así. Me gusta dormir así.</i><br />
<i>-Vas a dormir.</i><br />
<i>-No. Zonzo. Quiero que te quedes. Quedate. Quiero.</i><br />
<i>-Yo también quiero. Cuando era chico, me alcanzaba con querer una cosa con muchas ganas, para que ocurriera. Cerraba los ojos, pensaba con todas mis fuerzas en eso que quería y zácale: ocurría.</i><br />
<i>-Cuándo yo era chica, lo que quería era un telescopio.</i><br />
<i>-¿Uno de esos grandes, que usan los astrónomos?</i><br />
<i>-Uno enorme. Yo lo había visto en el museo. Como no tenía telescopio, siempre me parecia que se había escapado alguna estrella.</i><br />
<i>-¿Y eso te importaba?</i><br />
<i>-Vivía deseando que se viniera la guerra. Una guerra bien grande, para mezclarme con los japoneses y robarme el telescopio. Alguien iba a romper los vidrios a patadas y yo iba a aprovechar y me iba a escapar corriendo con el telescopio entre los brazos. Pero solita no me animaba.</i><br />
<i>-Hubieras probado.</i><br />
<i>-¿Y vos?</i><br />
<i>-¿Yo? Yo era católico, cuando chico.</i><br />
<i>-¿Como es creer en Dios Mariano? Nunca creí.</i><br />
<i>-Como creer en la revolución, me imagino. Te da la misma alegría y la misma sensación de no estar solo. Cuando era chico, yo no sentía miedo nunca. Pero un buen día… No, nada.</i><br />
<i>-Me gusta escucharte.</i><br />
<i>-Nada.</i><br />
<i>-Andá, no seas malo.</i><br />
<i>-Dame un cigarrillo.</i><br />
<i>-Esperá, no apagues.</i><br />
<i>-Quiero decir que un buen día lo buscás y no está. Quiero decir: perdés a Dios como se pierde una cosa. Algo que se cae del bolsillo. Como se pierde un encendedor, así.</i><br />
<i>-Para mí, Dios era un señor de barba que metía miedo a los demás.</i><br />
<i>-Para mí no.</i><br />
<i>-Ya veo.</i><br />
<i>-Era mucho más que eso, para mí. Todavía no sé con qué se rellena ese agujero.</i><br />
<i>-Ahora es usted el que se puso solemne, Pirata.</i><br />
<i>-Puede ser, perdona.</i><br />
<i>-Pero… Mariano. Estás triste. Te vino la tristeza.</i><br />
<i>-No.</i><br />
<i>-¿No qué?</i><br />
<i>-No estoy triste.</i><br />
<i>-Sí estás.</i><br />
<i>-Sí. Estoy.</i><br />
<i>-No hay que hablar tanto.</i><br />
<i>-No.</i><br />
<i>-Uno no debería.</i><br />
<i>-Se arruina todo por culpa de las palabras.</i><br />
<i>-Sí.</i><br />
<i>-Mirá.</i><br />
<i>-¿Qué?</i><br />
<i>-Los pájaros, en la ventana.</i><br />
<i>-Hace rato que vienen pasando.</i><br />
<i>-Se va a venir tormenta, me parece, y nos vamos a mojar.</i><br />
<i>-Sí. Al irnos, nos vamos a mojar.</i><br />
<i><br /></i>
<i><b>Eduardo Galeano – La canción de nosotros.</b></i>Fran Hellmannhttp://www.blogger.com/profile/00742361225314528779noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-30578057.post-73867421779150118292012-11-14T20:30:00.002-02:002012-11-14T20:30:26.580-02:00Benedetti...<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjN66_QB7CLchnaxA8xKqeAiaqGeZm-qaAOdLZ_0pag7CfyEgfjix7GhzGKNu30HeP_3vrqx8y_KGXSKjBZ1qnEbxwmH_ETsIcXvEMsHaI9WFOCCxsj2PK3MtcVhOyJNijm5KEMOw/s1600/481680_539343312746154_437854098_n.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="273" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjN66_QB7CLchnaxA8xKqeAiaqGeZm-qaAOdLZ_0pag7CfyEgfjix7GhzGKNu30HeP_3vrqx8y_KGXSKjBZ1qnEbxwmH_ETsIcXvEMsHaI9WFOCCxsj2PK3MtcVhOyJNijm5KEMOw/s400/481680_539343312746154_437854098_n.jpg" width="400" /></a></div>
<br />Fran Hellmannhttp://www.blogger.com/profile/00742361225314528779noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-30578057.post-36249054047660540342012-11-14T10:49:00.000-02:002012-11-14T10:52:09.545-02:00O primeiro dia<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<i>O bebê foi matriculado em um
jardim de infância, pois sua mãe precisava voltar a trabalhar. Ele ainda era
apenas um pequenino, mas não qualquer pequenino. Tinha alguma coisa a mais que
dava para ver nos olhos, algo que muita gente grande não tem.</i></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<i><br /></i></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<i>No momento de entregá-lo às
professoras seus pais tiveram aquele frio na barriga característico do primeiro
dia. Uma das professoras era negra e o bebê havia tido pouquíssimo contato com
pessoas negras em sua curta vida, por isso todos acharam que ele estranharia no primeiro contato.</i></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<i><br /></i></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<i>Mas o bebê abriu os braços e
deu-se sem reservas, ignorando a distinção de cor ou o desafio do primeiro dia longe de casa, tentando tocar o rosto da professora, como só fazia com sua mãe. </i><br />
<i><br /></i>
<i>Era mesmo
um bebê inteligente. </i></div>
Fran Hellmannhttp://www.blogger.com/profile/00742361225314528779noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-30578057.post-54576023916849550542012-11-11T00:33:00.000-02:002012-11-11T00:38:32.359-02:00Talvez...<i>Um dia ligou e apresentou-se como aquele garoto que a conhecera há 15 anos, no interior. Uma parenta incomum havia lhe passado o telefone. Disse que viria morar na cidade dela. Convidou-a para sair. Tentou desenvolver um assunto. Ela não deu bola, despistou-o logo. Na verdade, achou-o chato. A mesma coisa aconteceu outras vezes, mas ela já não lembrava quando veio a notícia inesperada: matara-se. Tristeza não seria a palavra, já que nem o conhecia. Mas não podia deixar de pensar que, mesmo sendo uma possibilidade remota, mesmo sendo prepotência, talvez pudesse ter salvado uma vida.</i> Fran Hellmannhttp://www.blogger.com/profile/00742361225314528779noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-30578057.post-30140927349306004872012-11-03T14:10:00.003-02:002012-11-03T14:10:48.773-02:00Sobre a capacidade de ser quem se é<i>Era tarde da noite e uma quantidade considerável de álcool já havia sido ingerida. Havia um homem sentado na frente dela que falava sem parar. Ele tinha um tom de voz doce que não combinava com sua idade, já um pouco avançada, nem com seu porte físico imponente. Falava frases moles, clichês, coisas falsamente profundas. Tentava impressioná-la, provavelmente procurando moldar a si mesmo de acordo com o que achava que ela gostaria. Mas a moça não prestava muita atenção. Na verdade, ela exercitava algo que gostava de fazer às vezes: prestar atenção no que via, como se visse pelo visor de uma câmera fotográfica, regulando o foco com os próprios olhos – às vezes deixando o homem em primeiro plano, às vezes em segundo. Era um prazer muito pessoal, que contado em voz alta pareceria loucura. Não valeria à pena tentar mostrar a ele quem realmente era e as coisas que pensava. Ele poderia demorar anos para entender e uma só noite já estava bastante entediante. Tomara que ele encontre alguém por aí que se impressione com o tipo de coisas que ele fala, pensou ela, enquanto sorria um sorriso de gentileza e balançava a cabeça afirmativamente para alguma coisa qualquer. Ou, melhor, tomara que ele encontre alguém por aí que não o faça sentir necessidade de fingir. Então ela tomou um taxi e se foi. </i>Fran Hellmannhttp://www.blogger.com/profile/00742361225314528779noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-30578057.post-46016771800266583162012-10-30T23:33:00.001-02:002012-10-30T23:33:52.075-02:00Insone<i>O mormaço</i><br />
<i>aço</i><br />
<i>aço</i><br />
<i>Queima</i><br />
<i>teima</i><br />
<i>teima</i><br />
<i>Não sente</i><br />
<i>ente</i><br />
<i>ente</i><br />
<i>Por favor, amanheça</i><br />
<i>cresça</i><br />
<i>cresça</i><br />
<br />Fran Hellmannhttp://www.blogger.com/profile/00742361225314528779noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-30578057.post-91540930463550745872012-10-30T23:21:00.001-02:002012-10-30T23:22:20.102-02:00Chuva!<div style="text-align: center;">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjoc0JiG49obslpMIMZPLkNGFO2PU4mMzaYfZL-VMI4qd9ncg7QrEvyaW6tooJlfknmdDdMoFnQBPU4pyD2dOKDpir7QU-jMpPNsr_fEInR4Ygjxr8gi7jUtrrFdBUkRdteQqtgMw/s1600/cantando-na-chuva-2.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjoc0JiG49obslpMIMZPLkNGFO2PU4mMzaYfZL-VMI4qd9ncg7QrEvyaW6tooJlfknmdDdMoFnQBPU4pyD2dOKDpir7QU-jMpPNsr_fEInR4Ygjxr8gi7jUtrrFdBUkRdteQqtgMw/s320/cantando-na-chuva-2.jpg" width="245" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<i>É preciso chover</i></div>
<div style="text-align: center;">
<i>Muito</i></div>
<div style="text-align: center;">
<i>Pra levar pelos ralos esse calor</i></div>
<div style="text-align: center;">
<i>Bolor</i></div>
<div style="text-align: center;">
<i>Rancor</i></div>
<div style="text-align: center;">
<i>Pavor</i></div>
<div style="text-align: center;">
<i>Essa falta de amor</i></div>
Fran Hellmannhttp://www.blogger.com/profile/00742361225314528779noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-30578057.post-48856528541288591862012-10-21T23:33:00.003-02:002012-10-21T23:42:53.056-02:00Uma resposta<i>Tanto tempo a</i><i>fastando-se </i><br />
<i>Sempre indo embora</i><br />
<i>Voltando apenas às vezes </i><br />
<i>Vivendo e sentindo tudo à distância </i><br />
<i>E naquele dia entendeu </i><br />
<i>Que, na verdade, gostava da própria companhia </i><br />
<i>Sorriu</i>
Fran Hellmannhttp://www.blogger.com/profile/00742361225314528779noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-30578057.post-55386540680845703862012-10-21T22:57:00.005-02:002012-10-21T22:57:52.561-02:00Je veux<i>"Je Veux d'l'amour, d'la joie, de la bonne humeur </i><br />
<i>(...) </i><br />
<i>allons ensemble, découvrir ma liberté, </i><br />
<i>oubliez donc, tous vos clichés,
bienvenue dans ma réalité!"
</i>
<br />
<i><br /></i>
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<br />
<i>Zaz</i>Fran Hellmannhttp://www.blogger.com/profile/00742361225314528779noreply@blogger.com0