domingo, novembro 11, 2012

Talvez...

Um dia ligou e apresentou-se como aquele garoto que a conhecera há 15 anos, no interior. Uma parenta incomum havia lhe passado o telefone. Disse que viria morar na cidade dela. Convidou-a para sair. Tentou desenvolver um assunto. Ela não deu bola, despistou-o logo. Na verdade, achou-o chato. A mesma coisa aconteceu outras vezes, mas ela já não lembrava quando veio a notícia inesperada: matara-se. Tristeza não seria a palavra, já que nem o conhecia. Mas não podia deixar de pensar que, mesmo sendo uma possibilidade remota, mesmo sendo prepotência, talvez pudesse ter salvado uma vida.

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