terça-feira, março 13, 2012

É verão, é noite e tem lua

Hoje pensei em muitas coisas tristes e bonitas para escrever. Tenho certeza que eu poderia encher um livro de coisas assim e que venderia bastante, mas meu pai não me criou na mais tradicional pedagogia do trabalho alemã pra eu me tornar tão pedante.

Mas é impossível não falar do quanto eu me senti bem caminhando hoje à noite sozinha (e a lua, essa romântica irreparável, linda há tantos dias sem cansar). Uma típica noite bonita de verão, cheia de pensamentos que já se tornaram corriqueiros (tão clichês, coitadinhos). Pensei em há quanto tempo não sei quase nada de você e na sensação esquisita que me causa a sua aparente felicidade. Nem o melhor contator do mundo poderia contabilizar quantas vezes eu pensei em você nos últimos tempos. Pensei tanto, tanto, que acho que me encontrei em algum lugar lá dentro. Às vezes eu chego a ter uma leve vontade de rezar, mas isso é bem raro e eu não sei bem ao certo o que uma coisa tem a ver com a outra.

Na realidade, na maior parte do tempo eu tenho muitas coisas para fazer e, quando não tenho, sinto-me bem descansando. Às vezes eu namoro alguém. Às vezes leio uns livros que eu trouxe do Uruguai e me fazem lembrar das ruas de Montevideo. 

Eu já acreditei piamente que tinha te esquecido mil vezes. E acho que esqueci mesmo, acho que lembro só da sensação de não te esquecer nunca. 

Hoje vi um casal da nossa idade passeando com um cachorro. Juro que me deu vontade de comprar um cachorro. Isso não foi um insulto, nem nostalgia, foi só uma constatação.

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