Porque hoje eu reli um texto de um poeta famoso. Porque eu amo aquele texto e sempre quis me sentir a personagem dele, e porque agora eu te encontrei e tu me amas e me fazes sentir ser ela.
Porque as tardes têm se tornado mais longas esperando te ver, ainda mais agora que combinamos que eu preciso estudar e você não vem aqui todas as noites me cobrir, dar um beijo em minha testa e me desejar boa noite.
Porque, no fim, nem adianta nada, pois quando você está longe eu me desconcentro pensando em você. E porque quando você ameaça ir embora eu enfio a cabeça no travesseiro e juro que não consigo respirar.
Porque você tem uma cara de sambista maroto e porque quando eu te vi de chapéu Panamá pela primeira vez eu me senti em uma novela de época dos anos 30. E porque se eu estiver de saia longa você dá um jeito de descobrir o que tem embaixo. Porque você me olha de um jeito que nunca ninguém me olhou.
Porque um dia você me convidou para subir a serra de moto e a gente passou a tarde inteira falando de Kafka e Bukowski ao lado de uma cachoeira. E porque você é tímido e não encontrou o caminho de me beijar.
Porque a gente forma um casal divertido e algumas pessoas odeiam o nosso jeito melado de ser, porque a gente gosta mesmo é da vida assim, docinha.
Porque você pediu para namorar comigo uma semana depois que a gente se conheceu e porque entende as minhas neuras sobre depilação e me leva tarde da noite para comprar shampoo. Porque você me ajudou a dirigir e está tentando me ensinar a arte de pedir descontos.
Porque você fica tentando me ensinar a tocar bongo e acha bonitinho eu arranhar coisas horríveis no violão. Porque eu estremeço quando você canta e adoro quando você tem ideias loucas. Porque você dança sozinho, me respeita e vai com a cara das minhas ideologias.
Por essas e outras eu fico imaginando nós dois daqui a muitos anos rindo das nossas aventuras incosequentes. Porque eu te amo.
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