quinta-feira, maio 28, 2009

Monografia poética

Não há muita inspiração para escrever grandes obras nesse espaço ultimamente
Acredito que pela calmaria do coração e pela falta de leituras mais poéticas
A culpa é toda da monografia
malvada. egoísta.
nem o surrado livro do velhinho rabugento, Quintana
Nem O Livro dos Abraços
Muito menos terminar O Jogo da Amarelinha ou Cem Anos de Solidão
Impossível manter uma mente lúdica e poética se só o que engulo são teorias da comunicação
E se só no que me aprofundo é na análise de discurso
Mas nem tudo é asfalto
Ontem escutei a seguinte frase:

"É preciso compreender o curso que há no discurso"

Vocês percebem?
Há muito mais além das palavras.

Um comentário:

[jb] jotabê disse...

Pisa no barro da palavra.
Recolha a argila.
Molde com tuas mãos de menina o teu vaso de sentidos.
Faça e desfaça, misture-se ao barro.
Seja barro e oleiro, seja movimento e cuidado. Seja Deus.
Crie o homem com teu sopro.
Pra que palavras?
O sopro é a ventania da alma trazendo chuva.
Chuva sob os pés faz lama.
Pise no barro e deixe a alma ventar.
Mantenha as mãos sujas para controlar as tempestades.
E só limpe-as quando for pintar teu vaso de sentidos, já cheio de palavras, ideias e desenhos.