quarta-feira, agosto 20, 2008

O Braço

Sinto-me como Dominic Molise em 1933 foi um ano ruim, de Fante. A única prova de que estou viva é O Braço. Não me deixa nunca esquecer de sua existência. Ele é no momento a única coisa que realmente faz sentido. Seu sentido é doer. Talvez não seja o melhor dos sentidos, mas ao menos ele tem um. É por Ele que minhas noites tornam-se insones e a varanda me observa divagando durante horas. Foi por causa Dele que tanto pensei até decidir por um peixe colorido que me faça companhia e por uma flauta doce. Doce sonho que não vou realizar. Foi segurando Ele noite destas sentada na janela que resolvi reconciliar-me com uma amizade perdida por amor; e me afastar de outra, apenas até que os sentimentos desembaracem o nó em que eu lhes transformei. Uma pena. O Braço saberia o que fazer, decidido como é a doer quando bem lhe convém.

2 comentários:

Leonel Camasão disse...

Sempre bom receber sua visita. E fazia tempo que eu não aparecia por aqui. Um beijo lindinha, saudade.

Carvalho disse...

Esse eu já conheço... Digo: tanto o peixe quanto o braço!