sábado, setembro 08, 2007

Acordara mais cedo que o comum. A angústia enchia o estômago. Era ânsia de vômito o que sentia. Embora a noite anterior tivesse sido agradável, não fora agradável o bastante para modificar aquela sensação que, não adiantava, não havia palavra que descrevesse melhor, angústia.
Lágrimas, às vezes tem a impressão de que nunca vão acabar, vêm de uma fonte tão eterna quanto o tempo que durar a dona delas. Seu maior medo? Deixar que o que lhe é externo interfira no que lhe é mais sagrado, o interno. Pergunta-se sempre quando tudo vai acabar. Pergunta-se pelo dia em que conseguirá sorrir sem culpa. A culpa inerente de ser feliz.
Caída na escada pôde ver a unha de um dos dedos do pé esquerdo sangrar sob a meia branca. Levantou-se de um só fôlego. Ninguém virá me ajuntar - pensou - a dor também pode ser controlada. Sem mancar, subiu o resto dos degraus. Lavou a própria meia, enfaixou o próprio dedo e nunca ninguém ficou sabendo disso.

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